Direção da Petrobrás mantém investimentos baixos e dividendos insustentavelmente altos em 2023

A redução dos investimentos foi o principal fator que possibilitou pagamentos de dividendos altos e insustentáveis pelas direções da Petrobrás em 2021 e 2022. [1] [2]

A mesma política continua acontecendo na Petrobrás até o fim de 2023, investimentos muito baixos possibilitaram pagamento alto e insustentável de dividendos.


Direção da Petrobrás mantém preço do diesel acima do PPI, apesar da redução do preço

Com relação à redução do preço recém anunciada, para 27 de dezembro de 2023, o preço do Diesel S10 vendido pela Petrobrás em Paulínia (SP), estava em 3.535,10 R$/m³ (o equivalente a 3,54 R$/litro). [11]

A estimativa do PPI, a partir dos preços do petróleo e da cotação do dólar no fechamento do mercado no dia anterior, é de 3.199,55 R$/m³ do Diesel. O preço da Petrobrás em Paulínia (SP) está 9,5% maior que o PPI.


Direção da Petrobrás mantém preço do diesel acima do Preço Paritário de Importação (PPI)

Com relação à redução do preço recém anunciada, em 8 de dezembro de 2023, o preço do Diesel S10 vendido pela Petrobrás em Paulínia (SP), estava em 3.835,10 R$/m³ (o equivalente a 3,84 R$/litro). [9]

A estimativa do PPI, a partir dos preços do petróleo e da cotação do dólar no fechamento do mercado no dia anterior, é de 3.025,82 R$/m³ do Diesel. O preço da Petrobrás em Paulínia (SP) está 21,1% maior que o PPI.


Faria Lima aplaude Plano da Petrobrás, enquanto brasileiro paga caro para ver (e abastecer)

A Direção da Petrobrás anunciou Plano de Negócios para o quinquênio 2024-2028, onde projeta investimento de US$ 102 bilhões, sendo US$ 91 bilhões de projetos em implantação e US$ 11 bilhões de projetos em avaliação. [1]

Se o plano for realizado o investimento anual pode variar entre 18,2 e 20,4 bilhões de dólares por ano. Apesar do aumento em relação ao plano anterior de US$ 78 bilhões em cinco anos, ou US$ 15,6 bilhões por ano, o investimento planejado é pequeno em relação ao histórico da Petrobrás. O investimento médio histórico da Petrobrás, desde 1965, foi de cerca de US$ 22 bilhões por ano, em valores atualizados. Entre 2009 e 2014, a estatal investiu US$ 53 bilhões por ano, também em valores atualizados.

Para piorar, a Direção da Petrobrás não tem sido capaz de realizar os investimentos planejados, nos três primeiros trimestres de 2023 o investimento líquido da Petrobrás foi de apenas US$ 4,91 bilhões, o equivalente a apenas US$ 6,5 bilhões em termos anualizados. [2]


Processar óleo de soja nas refinarias da Petrobrás é uma péssima decisão disfarçada de verde

A direção da Petrobrás e seu atual presidente, Jean Paul Prates, têm declarado reiteradas vezes que a “transição energética justa” passa por processar óleo de soja nas refinarias da Petrobrás.

Prates afirma que “Será diferente do biodiesel. Vamos inserir 5% de óleo vegetal na origem [na produção] da REPAR (Refinaria Presidente Getúlio Vargas) e capacitar outras quatro refinarias até o fim do ano: RPBC (Refinaria Presidente Bernardes), Cubatão, Paulínia (REPLAN) e REDUC (Refinaria Duque de Caxias) …”. [1]

De acordo com o Diretor Tolmasquim, a REPAR já produz os novos combustíveis, com porcentual renovável entre 5% e 7%, o que deve se repetir na REPLAN e na REDUC. Em Cubatão (RPBC), a Petrobrás se prepara para trabalhar com óleo vegetal em 100% da operação. [2]

As declaradas intenções podem ser festejadas pelo cidadão incauto e que almeja uma diminuição do consumo dos combustíveis fósseis, visando um possível controle das alterações climáticas. No entanto, ele não sabe que a produção do óleo de soja não é 100% renovável, depende de insumos de origem fóssil, que não existe capacidade de se produzir óleo de soja em escala proporcional à demanda por combustíveis líquidos e que os custos para se produzir Diesel Renovável e BioQAV, a partir do óleo de soja, são muito maiores que os custos para produção do Diesel e do QAV do petróleo.


Direção da Petrobrás segue míope, investe pouco e paga muito dividendo, revelam os resultados do 3T23

A redução dos investimentos foi o principal fator que possibilitou pagamentos de dividendos altos e insustentáveis pela direção da Petrobrás em 2021 e 2022.

A mesma política continua acontecendo na Petrobrás até o fim do 3º trimestre de 2023, investimentos muito baixos possibilitaram pagamento alto e insustentável de dividendos.


Canal Brasil Independente: o que mudou, e o que não mudou, na Petrobrás em 2023

Entrevista concedida ao cientista político Felipe Quintas, do Canal Brasil Independente, onde avalio a importância da Petrobrás ser estatal, o que aconteceu com a Petrobrás em 2023, o que esconde a retórica da transição energética e quais deveriam ser as prioridades da direção da Petrobrás. Assista aqui


Eólica e solar fotovoltaica não são renováveis, nem confiáveis

O termo “transição energética” traz a ideia que deixaremos de usar rapidamente certas fontes para usar outras. Geralmente se pressupõe que as piores fontes ficam para trás e as melhores chegam para as substituir.

No entanto, a realidade é bem distinta. As fontes energéticas têm se alterado historicamente de forma lenta, sendo que as fontes anteriores não são simplesmente substituídas por novas, mas se somam a elas, como pode ser visualizado no Gráfico 1 que apresenta o consumo mundial das energias primárias, por fonte, de 1800 a 2022. [1]

No passado, à biomassa (lenha, carvão vegetal etc), acrescentou-se o carvão mineral e o petróleo, que são fontes mais baratas de serem produzidas, concentradas em energia e de fácil armazenamento e transporte, o que os torna flexíveis, de pronta disponibilidade e bastante confiáveis. Assim, foi observado um aumento da qualidade das energias utilizadas. Por outro lado, as novas fontes energéticas disponíveis comercialmente hoje (eólica, solar fotovoltaica e biocombustíveis) são mais caras e competem pelo uso do solo, sendo que a energia eólica e solar são intermitentes, pouco concentradas em energia, de difícil armazenamento e transporte, ou seja, de pior qualidade.


Jornal A Nova Democracia: Brasil deveria proibir a exportação e petróleo cru

Entrevista ao canal A Nova Democracia, onde argumento que o Brasil deveria proibir a exportação de petróleo cru, trato ainda das políticas de preços, de distribuição de dividendos e de investimentos da direção da Petrobrás. Assista aqui


Direção da Petrobrás aumenta preço do diesel e segue com o PPI

Com relação ao aumento recém anunciado, em 21 de outubro de 2023, o preço do Diesel S10 vendido pela Petrobrás em Paulínia (SP), estava em 4.105,10 R$/m³ (o equivalente a 4,11 R$/litro). [8]

A estimativa do PPI, a partir dos preços do petróleo e da cotação do dólar no fechamento do mercado no dia anterior, é de 3.729,92 R$/m³ do Diesel. O preço da Petrobrás em Paulínia (SP) está 9,1% maior que o PPI.