Arquivo do mês: dezembro 2019

Petrobras 2019: direção acelera na contramão e Brasil entra em ciclo do tipo colonial

Em 2019 não é mais preciso ter visão prospectiva para prever o desastre, a tragédia já se materializa na exportação de petróleo cru e importação de derivados, é visível desde os balanços contábeis da Petrobrás aos preços dos combustíveis aos consumidores. Leia mais


Castello Branco usa a falácia da “gestão de portfolio” para justificar privatização de ativos estratégicos e rentáveis, assim expõe a Petrobras a riscos desnecessários e prejudica a geração de caixa


Em palestra na Comissão de Infraestrutura do Senado, Roberto Castello Branco, atual presidente da Petrobrás, apresenta:

“Corremos o risco de deixar passar uma oportunidade fantástica para o nosso país

A produção de petróleo e gás da Petrobrás, nosso principal negócio, está estabilizada há 10 anos, em torno de 2 milhões de barris diários

  • Em decorrência de uma onda de inovações tecnológicas e preocupações com o aquecimento global, o consumo de petróleo tende a crescer mais lentamente, estagnar ou até mesmo reduzir, pressionando as margens na produção, no refino e na distribuição
  • Urge, portanto, concentrar e acelerar investimentos em projetos de E&P com melhor retorno, desenvolvendo as reservas do Pré-sal e capturando melhores margens” (Branco, 2019)

Castello Branco afirma:

“A produção de petróleo da Petrobrás, por várias razões, ficou praticamente estagnada nos últimos 10 anos, em torno de 2 milhões de barris diários” (Branco, 2019)

A produção de petróleo da Petrobrás há dez anos, em 2009, foi de 1,971 milhões de barris por dia. No 3º trimestre de 2019 foi de 2,264 milhões de barris por dia, aumento de 15% em relação a 2009. (Petrobras) Leia mais


Castello Branco usa dívida e pagamento de juros para tentar justificar privatizações e redução dos investimentos da Petrobras

Em palestra na Comissão de Infraestrutura do Senado, Roberto Castello Branco, atual presidente da Petrobrás, apresenta:

“O endividamento reduz direta e indiretamente a capacidade de investir e de competir por novas áreas.

  • O alto nível de endividamento consome recursos que poderiam gerar riqueza para nosso País sob a forma de milhares de empregos e muitos bilhões de reais de receita para o Estado, nas três esferas de poder (federal, estadual e municipal)
  • São quase US$ 7 bilhões anuais pagos a título de juros, valor suficiente para instalar a cada ano um sistema completo de produção de petróleo e gás com capacidade de produzir 150 mil barris diários
  • No leilão de excedentes da cessão onerosa, a PETROBRAS só foi capaz de manifestar interesse em 2 dos 4 blocos oferecidos pois seu custo de capital é superior ao retorno esperado. Seria como tomar empréstimo no banco para aplicar em caderneta de poupança” (Branco, 2019)

Relação entre dívida, alavancagem para investimentos e juros

Castello Branco afirma:

“Anualmente a Petrobrás paga quase US$ 7 bilhões de juros… com esses recursos nós poderíamos investir em 1 sistema para produção de 150 mil barris diários…” (Branco, 2019)

O endividamento é resultado do empréstimo de recursos de terceiros para alavancar investimentos e aumentar a produção no desenvolvimento da província do pré-sal e na agregação de valor ao petróleo cru.

Se os juros de US$ 7 bilhões anuais são equivalentes a 1 sistema de produção de 150 mil barris por ano, a dívida bruta atual de US$ 101 bilhões é equivalente a instalação de 14 sistemas de produção. Seriam necessários 14 anos economizando com o não pagamento de juros para instalar o número de sistemas que se pode antecipar com esses recursos de terceiros. Leia mais


Vídeo: “Brasil e o ciclo extrativo do petróleo – Nova colônia em pleno século 21”

Vídeo produzido pela Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET) a partir de artigo homônimo.

Para ver o vídeo: assista aqui

Para ler o artigo: entre aqui


Castello Branco insiste no mito da Petrobras quebrada para tentar justificar privatizações

Caverna do Castello

Em palestra na Comissão de Infraestrutura do Senado, Roberto Castello Branco, atual presidente da Petrobrás, afirma:

“A Petrobrás passou por um processo muito difícil, ela foi assaltada por uma organização criminosa e foi praticamente desmontada neste período que desaguou em duas crises: uma crise moral e uma crise de dívida. Felizmente com muito esforço de todos a Petrobrás conseguiu superar este momento triste, mas não sem sequelas… a companhia ainda tem uma dívida de US$ 101 bilhões…”

“… para pagar esta dívida faz-se por obrigatório a receita dos desinvestimentos.” (Branco, 2019)

À esta narrativa que disputa o senso comum poderia ser agregada os ditos subsídios ao consumidor entre 2010 e 2014 e os supostos maus investimentos. Leia mais