Na batalha das ideias precisamos combater o entreguismo e suas diferentes faces. Há pouco o entreguismo era justificado com a falácia da Petrobrás quebrada, a falácia da privatização para promoção da competição e redução dos preços, do combate a corrupção, da ineficiência e da falta de recursos da Petrobrás para investimento que traria a pretensa necessidade de capitais estrangeiros.
Agora estamos diante da falácia da transição energética que tenta justificar a não recuperação das refinarias, terminais, distribuidoras, transportadoras, campos de petróleo e outros ativos da Petrobrás que foram vendidos desde 2016. Também com ela se pretende justificar porque não se pretende ampliar o parque de refino da estatal.
Ao lado da falácia da transição energética, se mantém a falácia da necessidade de parcerias, a falácia da restrição de investimento com recursos próprios ou de terceiros, geridos e aplicados pela Petrobrás, segundo projeto e prioridades nacionais.
Esse entreguismo pintado de verde tem adeptos em amplo espectro político, desde os ecossocialistas aos anarcocapitalistas da escola austríaca. O senso comum foi pintado de verde. Essa batalha será mais dura do que a anterior.