Arquivo do mês: julho 2023

A verdadeira transição energética justa

Os termos sustentabilidade e transição energética são termos tão repetidos quanto indefinidos, e usados como peças de propaganda, manipulação e agitação. Recentemente, o atual presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, trouxe um adjetivo com sua “transição energética justa”. [1]

Matriz energética brasileira e mundial

O termo “transição energética” traz a ideia que deixaremos de usar certas fontes para usar outras, geralmente se pressupõe que as piores fontes ficam para trás e as melhores chegam para as substituir, também é comum se assumir que será rápida esta mudança.

A realidade é bem distinta. As transições energéticas são historicamente lentas; as fontes anteriores não são simplesmente substituídas por novas, mas se somam a elas. Se no passado energias piores foram somadas a energias melhores, como a biomassa (lenha) ao se somar com o carvão mineral e o petróleo, por exemplo, nas futuras transições não existe essa garantia. As melhores energias, mais baratas de serem produzidas, mais concentradas em energia, mais flexíveis e confiáveis, podem ser gradativamente extintas e se somarem a energias de pior qualidade.


Nova Resistência: Farsa do “fim do Preço Paritário de Importação (PPI)”

Na entrevista com Raphael Machado e Carlos Velasco trato da farsa do “fim do Preço Paritário de Importação (PPI)”, do potencial do pré-sal diante das necessidades não atendidas do Brasil, da limitação da exportação de petróleo cru, da exploração de petróleo na margem equatorial, da sustentabilidade e da transição energética, do monopólio estatal do petróleo, do fim do petróleo barato de ser produzido e do investimento em energias potencialmente renováveis. Leia mais

TV Jovens Cronistas: Entreguismo disfarçado pintado de verde

Na entrevista com Cláudio Porto trato do entreguismo disfarçado pintado de verde, da necessidade de reestatizar ativos da Petrobrás alienados, do desenvolvimento econômico e social correlacionado ao consumo de energia, da limitação da exportação de petróleo cru, da exploração de petróleo na margem equatorial e da farsa do “fim do Preço Paritário de Importação (PPI)”. Leia mais

DCM TV: Fim do petróleo barato de ser produzido

Na entrevista com Leandro Fortes e Fernando Drummond trato da política de preços da Petrobrás, da reversão das privatizações, corrupção, capacidade de abastecimento de combustíveis, consumo per capita de energia e desenvolvimento, compatibilidade da qualidade do petróleo brasileiro com o parque de refino da Petrobrás, competição no mercado de combustíveis, exploração de petróleo na foz do Amazonas e o fim do petróleo barato de ser produzido. Assista aqui

O fim do Preço Paritário de Importação (PPI) é mais uma farsa

No dia 16 de maio de 2023, a direção da Petrobrás divulgou Fato Relevante [1] sobre sua estratégia comercial para o Diesel e a Gasolina, nele registra a substituição da política de preços praticada por suas refinarias.

No mesmo dia anunciou a redução dos preços da gasolina e do diesel, valores pagos pelas distribuidoras. [2]

No artigo “Prates anuncia fim do Preço Paritário de Importação (PPI), mas ajusta preço do Diesel ao PPI” [3] demonstrei que esse reajuste apenas reduziu o sobrepreço do Diesel S10 vendido pela Petrobrás na comparação com a estimativa do seu PPI. Em 3 de maio de 2023, o preço estava 14,3% superior ao PPI, com o reajuste o preço praticado no dia 17 de maio de 2023 ficou muito próximo do PPI.

Hoje, depois de seis meses da Petrobrás sob o governo Lula, podemos mais uma vez verificar se o “fim do PPI” é apenas retórico ou é real.