A relação entre os interesses públicos e privados precisa ser transparente, impessoal, moral, eficiente e legal. A legislação pode ser aperfeiçoada e a sociedade precisa estar atenta, em defesa do interesse público.
Na Petrobrás pode-se observar um fluxo de executivos entre a estatal e companhias privadas que competem, ou tem relação comercial com ela. O fluxo das companhias privadas para a estatal e da estatal para o “mercado” se dá por meio da porta giratória entre o Estado e o mercado.
Um executivo da Petrobrás pode ser recompensado com alta função no setor privado, se enquanto esteve na estatal agiu a seu favor, em detrimento da estatal. Também um executivo que vai para a Petrobrás, e pretende voltar ao mercado, pode adotar práticas e prioridades favoráveis ao mercado e prejudiciais à Petrobrás, ao Estado nacional e ao interesse público. Mesmo que não seja possível provar ilegalidades, é possível revelar que as relações são suspeitas e merecem investigação, além reconhecer a importância do aprimoramento legal e estatutário para evitar prejuízos à Petrobrás.
Apresentamos alguns casos, com objetivo de trazer transparência e publicidade ao funcionamento da porta giratória na Petrobrás. Não são acusações às empresas ou aos executivos. Trazemos informações públicas para que o leitor avalie se tem havido impessoalidade, moralidade e eficiência na relação da Petrobrás com seus competidores e fornecedores. Os exemplos são muitos e não se esgotam nos casos apresentados.